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Relato Pessoal de Um Perigo Silencioso

Relato Pessoal de Um Perigo Silencioso
01 jun 2018

Gostaria de falar de algo pescapa orlando 89soal. Na verdade é um tema que já foi abordado aqui anteriormente. Há algumas semanas atrás eu participei de um seminário de seis dias sobre Apneia do Sono. Esse é um assunto que tem despertado cada vez mais meu interesse, portanto resolvi aprender um pouco mais. Foi um programa bastante intensivo com aulas extensas, workshops e discussões fantásticas. Um seleto grupo de vinte e seis dentistas de todo o mundo pode dividir conhecimento uns com os outros.
Parte deste seminário consistiu em cada um se estudar como se fôssemos pacientes. Por dois dias fui para o hotel com monitores de sono que medem horas dormindo, posições, a quantidade de vezes que parei de respirar durante o sono (apneia), o nível de oxigenação sanguínea etc. Pois é… Descobri que tenho Apneia do Sono. Tenho um nível leve, mas grave o suficiente para ser diagnosticado com o problema. No meu caso, isso significa que a cada hora de sono parei de respirar seis vezes por dez segundos ou mais.
Nunca achei que tivesse o problema, minha esposa nunca reclamou que eu roncava a noite e mesmo após a descoberta, quando perguntei a ela, ela me disse que não achava que eu roncava, e se por acaso acontecia, ela não percebia. O ronco em si não é o problema, pode ser um sinal de que as vias aéreas estão se fechando, mas o problema mesmo é parar de respirar.
A apneia se desenvolve por uma série de motivos. À noite toda a musculatura e tecidos que revestem as vias aéreas tendem a entrar em colapso porque relaxam. Assim como eu, muitas pessoas não sabem que possuem esta condição.
No meu caso tenho nariz pequeno, narinas estreitas e desvio de septo. Isso tudo faz com que a passagem de ar se torne mais difícil durante o tempo em que estamos dormindo. Fatores como obesidade, amídalas inchadas, úvulas alargadas, adenoide, desvio de septo, arcadas dentárias estreitas, línguas grandes, sinusite crônica, entre outros, irão fazer com que durante o sono, a passagem de ar que já tende a se fechar acabe sendo completamente obstruída e daí paramos de respirar involuntariamente.
Quis expor a minha vida pessoal aqui porque é importante a comunidade entender a gravidade disso. O meu alerta é que já sabemos que a falta de um sono de qualidade e a falta de oxigenação das células durante o sono estão diretamente ligados a diversas condições como câncer, diabetes, hipertensão, problemas renais, AVC etc. Na melhor das hipóteses a pessoa se sente cansada durante o dia mesmo estando aparentemente saudável, o que era exatamente o meu caso.
Passei a usar um confortável aparelho bucal que abre as vias aéreas movendo a mandíbula ligeiramente para a frente e minha vida melhorou muito desde então. Em casos mais severos o C-PAP ou a combinação dos dois se faz necessária. O mais importante aqui é o profissional identificar o problema e tratar o quanto antes.

Até a próxima!

Dr. Gustavo de Oliveira

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