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Entendendo o Plano de Tratamento Odontológico

Entendendo o Plano de  Tratamento Odontológico
19 out 2018

CAPA BRAZILUSA ORLANDO 93Seguindo a sequência do que esperar da primeira consulta odontológica nos EUA, falarei hoje a respeito do plano de tratamento.
Como escrevi antes nas matérias sobre a consulta inicial como um todo e a importância dos exames radiográficos, a ordem natural dos acontecimentos tem o exame clínico e a formulação do plano de tratamento para aquele determinado paciente como os próximos passos.
Agora com todas informações colhidas através da entrevista inicial, do histórico médico e odontológico e das imagens radiográficas e fotográficas, o dentista pode examinar o paciente atento a muito mais detalhes e já com uma boa ideia de como está sua saúde bucal.
Uma vez confirmados os achados e diagnósticos, o dentista tem a obrigação de traçar o plano de saúde ideal para o paciente e as opções alternativas a este plano. É importante mencionar que este plano deve seguir uma ordem lógica que começa por controle de infecção, ou seja, remover todo potencial ou presente foco de infecção da boca a ser tratada e do tratamento imediato dos tecidos de suporte, também chamados de tecidos periodontais. Isto inclui extrações de dentes que não podem ser salvos, remoção de cáries ativas, remoção de placa e tártaro supra e/ou sub-gengival, tratamentos de canal etc. A segunda parte do plano será a de restauração de forma e função, restabelecendo a capacidade do paciente de mastigar alimentos e restituindo esteticamente o sorriso.
Um bom dentista, que se preocupa com a saúde bucal de seu paciente, deve sempre seguir esta sequência para que esteja assegurado o bem-estar do mesmo. Não existem atalhos a ser tomados. Em minha opinião, o profissional tem a obrigação de apresentar ao paciente detalhadamente tudo o que é recomendável para aquele caso, mesmo que o paciente já chegue com o diagnóstico próprio ou outras opiniões, e mesmo que o paciente, por qualquer razão, não esteja disposto a completar todo o plano. Informar ao paciente tudo o que é constatado e recomendado é obrigatório.
Planos de tratamento também podem ser executados em etapas. É muito comum que, por razões financeiras, pacientes engajem em seus planos de tratamento, porém sendo tratados por fases, respeitando a ordem do plano, porém a longo prazo. Uma etapa do tratamento a cada três, seis, doze meses etc. Uma vez completado o tratamento o paciente retornará a cada seis meses para manutenções regulares, a não ser que certas condições como doença periodontal requeiram intervalos menores entre as visitas.
Por fim, o paciente sempre terá em suas mãos o poder da decisão final diante do que o profissional lhe apresenta e mesmo que não siga em frente, é benéfico estar a par de como se encontra sua saúde oral e do que deve ser feito para melhorar. Saúde em primeiro lugar!
Até a próxima!

Dr. Gustavo de Oliveira

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