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Ansiedade na Adolescência

Ansiedade na Adolescência
16 dez 2018

CAPA BRAZILUSA SOUTH FLORIDA 38Ansiedade é o transtorno de saúde mental mais comum nos Estados Unidos, já que afeta um terço da população adulta e adolescente do país, de acordo com o National Institute of Mental Health . A ansiedade é uma reação normal do organismo a uma situação de estresse, mas pode se tornar um problema quando a resposta a este estresse se mostra tão intensa de forma a comprometer o relacionamento social do indivíduo e o seu desempenho em tarefas diárias.
Pesquisas indicam que a ansiedade é a principal causa para a busca de atendimento psicológico nas universidades americanas. Este aumento no número de casos também tem sido constatado pelos professores de escolas do ensino médio. Enquanto no passado, era possível detectar um certo número de alunos intimidados pela nova experiência (entrada no ensino médio), hoje em dia é possível observar muitos jovens que não conseguem nem mesmo permanecer na sala de aula, já que experimentam severos sintomas físicos e psicológicos que indicam a presença de um transtorno de ansiedade.
A adolescência é um período de transição entre a infância e a vida adulta em que o jovem se depara com uma série de dúvidas e incertezas que podem levar a sentimentos de angústia e opressão. Enquanto na infância os sintomas de ansiedade se apresentam através de medos e ansiedade de separação, na adolescência predominam os sintomas associados ao social, já que a relação com o grupo de iguais se torna mais relevante. O jovem, em geral, tem uma necessidade intensa de sentir que ele “pertence” ao grupo com o qual ele convive, pois se preocupa mais com o que as outras pessoas pensam dele. Em meio a esta pressão, alguns adolescentes passam a experimentar um desconforto intenso em situações sociais, o que pode levar o jovem optar pelo isolamento como forma de evitar o desencadeamento dos sintomas de ansiedade.
No que diz respeito aos adolescentes, é possível observar uma superestimação do perigo e uma subestimação da capacidade de lidar com o mesmo. Enquanto existe o perigo real em certas comunidades, devido a violência e pobreza, adolescentes que vivem em locais mais afluentes, sem a vivência real do perigo, sentem mais ansiedade pela pressão constante de que eles têm que “se superar”. Fazer mais uma atividade, prestar mais uma classe avançada, entrar em uma determinada universidade, estão entre os motivos que acabam por pressionar o adolescente a fazer mais e não conseguir chegar a um ponto e dizer: “sinto-me satisfeito, eu fiz o suficiente e agora posso relaxar”.
A mídia social também está entre uma das causas mais relevantes para o aumento da ansiedade na adolescência. Ela promove a constante comparação entre aqueles que parecem estar mais felizes, ou que conquistaram mais e por isto parecem ter uma vida “ideal”. Isto tende a promover um sentimento de constante insatisfação e incerteza em muitos jovens. Enquanto a mídia social pode ser vista como um importante instrumento, o uso obsessivo da mesma pode trazer consequências devastadoras, principalmente para os adolescentes que estão em formação.
Apesar da prevalência, a ansiedade é ainda considerada como um transtorno menos severo que a depressão e, por esta razão, muitas vezes não é devidamente tratado. Existem alguns sinais que sugerem que os níveis de ansiedade estão além dos limites da normalidade como por exemplo: medos e preocupação excessiva, inquietação interna e uma tendência de ser exageradamente cauteloso e vigilante. O alto nível de ansiedade também pode comprometer a capacidade de raciocínio, a atenção e memória, podendo levar o jovem ao fracasso escolar e, posteriormente , ao insucesso profissional.
O quanto antes a doença for diagnosticada e tratada melhor a chance de superar por completo o transtorno. O primeiro passo é reconhecer que existe um problema . O tratamento do transtorno de ansiedade pode incluir consultas psicológicas regulares, medicação e/ou terapias específicas. Na maioria dos casos, os profissionais da saúde optam por associar o tratamento medicamentoso com técnicas de psicoterapia. O fato é que, independente da forma de tratamento escolhida, o importante é proporcionar ao jovem os instrumentos necessários para o manejo da ansiedade de forma a acelerar a recuperação e evitar que os sintomas se tornem crônicos e incapacitantes.

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