Saúde do Homem
03 jan 2018
O Novembro Azul está aí, e ele serve de alerta para a saúde de uma parcela da população que tradicionalmente tem menos o hábito de procurar assistência médica, à exceção em casos urgências ou emergências. Por isso, foi consagrado novembro como o mês de enfatizar a importância do rastreio para câncer de próstata e, porque não, consulta médica periódica para uma avaliação ampla da saúde do homem, incluindo avaliação e orientações quanto ao peso, atividade física, vícios (fumar, beber, usar substâncias ilícitas) e, a critério do médico, exames complementares voltados a queixas ou a rastreamento, como avaliação do colesterol, triglicerídeo, glicemia, entre outros.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é o câncer sólido mais comum e a segunda causa oncológica de morte no sexo masculino. A próstata é uma glândula que pesa em condições normais 20-25g e localiza-se ao redor da uretra, conduto em que a urina passa da bexiga até o meio externo, responsável por produzir e armazenar parte do líquido seminal.
Não se tem pleno conhecimento sobre a causa deste câncer, mas sabe-se que entre fatores de risco encontram-se: idade maior que 50 anos; histórico familiar da doença; raça negra; certos hábitos alimentares (dieta rica em gordura e com pouca verdura, frutas e vegetais), sedentarismo e excesso de peso – sendo os três primeiros mais significativos.
O rastreamento universal dessa doença para a população masculina, independente de fator de risco, vem sendo questionada e sua recomendação é controversa, uma vez que pode expor pacientes de baixo risco ou baixa agressividade a procedimentos que não são isentos de riscos de complicações. Desta forma, a recomendação é que o médico assistente do homem individualize suas necessidades, avaliando segundo critérios clínicos e laboratoriais, a necessidade de uma avaliação complementar. A aqueles homens diagnosticados com tumores não agressivos recomenda-se a vigilância periódica, ou seja, um acompanhamento médico regular associado à dosagem do Antígeno Prostático Específico (do inglês, PSA) e toque retal. E quando necessário incrementar com biópsia e/ou exames de imagem pélvica. O tratamento depende do grau de agressividade do tumor, bem como a expectativa de vida do paciente.
Assim, é necessário que haja um interesse cada vez maior dos homens para com sua saúde, a fim que consigamos reduzir a incidência e a mortalidade deste câncer. Bem como, prevenir e fazer o diagnóstico precoce de outras doenças para uma melhora qualidade e expectativa de vida masculina.