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Parecia roteiro de filme de terror

Parecia roteiro de filme de terror
19 out 2018

CAPA BRAZILUSA ORLANDO 93Um avião chegando em Nova Iorque, meia hora antes do pouso o piloto avisa que estão com uma Emergência Médica a bordo, segundo as informações iniciais, pelo menos 100 pessoas, entre passageiros e tripulação ficarão doentes durante o voo e estão passando muito mal.
O quadro descrito era de tosse e febre alta em todos os que apresentavam sintomas.
A aeronave era um Airbus A380, um dos maiores disponíveis no mundo, com 521 passageiros, vindo de Dubai, em voo direto aos Estados Unidos.
Um esquema especial foi montado e o avião não parou no gate e ficou em quarentena temporária em uma área do aeroporto.
Ambulâncias, médicos, enfermeiros e especialistas do Centro de Controle de Doenças, de Atlanta foram deslocados para receber e avaliar os pacientes.
Após rever todos os casos, 19 passageiros tinham indicação de internação hospitalar, sendo que 9 deles se recusaram a ir para o hospital.
A preocupação maior era pelo fato de que muitos dos passageiros estavam vindo da peregrinação anual à Meca, que os muçulmanos devem fazer pelo uma vez na vida.
Desde o ano de 2012 naquela região, tem sido registrados casos de uma Síndrome Respiratória Grave, causada por um vírus, que ainda não tem tratamento conhecido e altas taxas de letalidade.
Os testes inicias mostraram que se tratava de um vírus da gripe comum, que havia se beneficiado das condições de um longo voo de avião, ambiente confinado, pouca renovação de ar, que são condições favoráveis à transmissão de um agente infeccioso pelo ar.
Dessa vez não se tratava da chegada de um vírus perigoso a um país ocidental, porém o caso pode servir de exemplo da importância de que esquemas de quarentena, atendimento e exames para situações como essa devam ser previstos em todos os cantos do globo.
As viagens aéreas hoje em dia permitem que a circulação de doenças transmitidas de pessoa a pessoa possa ocorrer de forma muito mais rápida que no passado.
Um vírus pode “pegar carona” em um passageiro e dar a volta ao mundo em poucas horas, por isso, nunca é de mais ressaltar a necessidade de que quem viajar deve consular seu médico para rever sua caderneta de vacinação e atualiza-la se necessário de acordo com o planejamento da viagem.

Dr. Luís Fernando Correia

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