Para que servem as eleições?
30 set 2018
Mais uma vez o Brasil se prepara par a eleições para cargos públicos, que incluem a Presidência, o Senado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais. Por conta disso, muita gente se engaja, e muito dinheiro é usado para as chamadas campanhas – dinheiro este fruto de contribuições particulares, empresários e também do agora “Fundo Partidário”.
Mas por que todo esse empenho? Alguns o fazem por interesse pessoal, outros como tentativa de despertar a máquina pública para atender determinado segmento da sociedade, e outros que querem que o país seja melhor administrado – visto que muitas dessas autoridades somente governam visando enriquecer, não demonstrando nenhum interesse pelo país.
Mas as eleições não são para isso. Elas servem para renovação do alegado “poder” público; para que leis justas sejam desenvolvidas, aplicadas e cumpridas; fazendo, gradativamente, que o caos gerado pela corrupção desapareça, e o povo veja a nação crescer positivamente, interna e externamente.
Como cristãos, entendemos que toda a autoridade é instituída por Deus, para cumprir um propósito que o Senhor estabelece. Por isso há uma recomendação para que oremos por todas as pessoas que estão investidas de autoridade, a fim de que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito (2 Timóteo 2:1,2). Em outro texto bíblico (Romanos 13:1-7) somos alertados a nos sujeitarmos às autoridades superiores; “porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.”
Independente do partido ou do nome, quem está no exercício da função responde diretamente diante de Deus sobre cada ato que pratica. Se o povo é governado apropriadamente, ele é próspero. Se há negligência dos governantes, o povo experimenta dificuldades em todas as áreas, como se vê hoje.
Seja em um regime presidencialista ou parlamentarista, as eleições são a oportunidade do povo se expressar para que as mudanças necessárias sejam efetivadas. Isso é o exercício da democracia! Na existência de algo ruim, o tempo de mudança se dá no exercício do voto. E todos os que podem, devem usar o seu direito de votar para que novos políticos dirijam a nação. Portanto o voto em branco, o nulo ou a abstenção não produzem mudanças. E tem mais: quem não vota, perde o direito de reclamar depois.
Sem a ótica do uso consciente do voto, o momento é usado para a perpetuação do erro, para se acirrar inimizades e aumentar a violência. Ao se omitir, a pessoa/eleitor não expressa o conceito de cidadania; e quem age assim, despreza os valores cívicos – tão importantes para quem ama a terra em que nasceu.
Minha oração é que todos os cidadãos acordem para seu papel no cenário da pólis (Cidade/Estado), e sejam agentes de transformação e valorização do que Deus lhes tem concedido: um país de dimensões continentais, rico, de gente boa e alegre e que, pela criação de leis justas, tem o potencial para acabar com as desigualdades.
Jofre Santiago