O Abstracionismo
03 maio 2018
A sociedade contemporânea apresenta-se hoje hoje para nós como uma incubadora que gera um universo de expressões artísticas multifacetadas. Pensando nessa realidade, pretendo abordar os diferentes estilos de arte, que se revelam como fonte geradora de diversidade.
Para começar, que tal conhecer um pouco sobre o Abstracionismo, a arte visual que não representa nenhum objeto concreto (apenas uma ideia ou conceito) e é a exteriorização da própria arte, do artista e da concepção artística. A pintura dita “abstrata” oferece a liberdade ao observador de interpretar a obra, assim como oferece ao artista, a oportunidade de se expressar de maneira original e muitas vezes misteriosa. A relação entre cor, forma, superficies, linhas e traçados é forte neste estilo, sendo um trabalho “não representacional”, surgido da influência das vanguardas européias que recusaram a estética clássica das escolas de arte.
O abstracionismo divide-se em duas tendências: Abstracionismo Lírico (expressivo) e Abstracionismo Geométrico. O primeiro inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição para construir uma arte imaginária ligada a uma “necessidade interior”. Foi influenciado pelo expressionismo e o artista russo Wassily Kandinsky é o precursor deste estilo. Ele itensifica o uso de formas abstratas como meio de atingir uma transcendência, através de formas irreconhecíveis da realidade, e com os elementos puros da arte visual: linhas, cores e formas geométricas.
Já o Abstracionismo Geométrico foca na racionalização que depende da análise intelectual e científica. Foi influenciado pelo Cubismo e pelo Futurismo. Há também uma relação entre o abstracionismo e outras expressões artísticas como a música, tendo o abstracionismo, a tendência de nos remeter à ideia de composição e ritmo. A arte abstrata rompeu com o tradicionalismo das academias artísticas, com o hábito do paisagismo, realismo e do retrato. Chocou grande parte da sociedade elitista da época.
No desenrolar de uma carreira artística, muitos pintores mudam o estilo de seus trabalhos, acompanhando as tendências da época ou sofrendo influência de outras vertentes artísticas que acontecem pelo mundo. É natural que se percorra alguns atalhos durante uma trajetória profissional, buscando não só o novo, mas um posicionamento maduro, capaz de construir valores libertários e emancipatórios na sociedade.
A arte pode ser fundamental nessa revolução educacional. A presença da sociedade está na arte como matéria prima, como historicidade do material conceitual e sensível, como campo de possibilidades concretamente disponíveis de luta e libertação. Já a expressão artística estabelece uma comunicação intrínseca com a vida social, de modo que o artista, consciente ou inconscientemente, sempre carrega a sociedade que lhe serve de berço. Independente do tema ou estilo abordado, o modo como o artista atua em termos formais é que estabelece a ligação entre a sua arte e a sociedade e vai definir a sua importância e o seu valor histórico.