Hall de entrada: Como aproveitar ao máximo esse cantinho
03 maio 2018
Muitos de vocês já devem ter ouvido aquele ditado: “A primeira impressão é a que fica.”. No caso dos espaços arquitetônicos, principalmente residências, hotéis e espaços corporativos esse primeiro contato acontece nos Halls ou Foyers.
Em pesquisas da internet achamos: “Hall é a é a divisão imediata da casa com o exterior. Imediata à entrada principal da casa, é onde usualmente recepcionam-se as pessoas: as estranhas para não terem de conversar no exterior e as familiares normalmente para tirarem os casacos do frio exterior, para ficarem mais à vontade”. Há, no entanto, muitas casas onde esta divisão não existe, entrando as pessoas diretamente na sala de estar.
Halls ou Foyers recebem os visitantes e têm a função de revelar acolhimento, de prover agradável sensação de privacidade e alguma proteção, de fazer a transição entre o exterior e o interior e também de revelar a quem chega um pouco do conceito da arquitetura e do design do Projeto que ali se inicia. O Hall também ajuda a proteger a intimidade da família no caso das casas e apartamentos sendo a ilha de transição.
A ideia é gerar sensação de conforto e boas vindas aos visitantes, funcionários e a si próprio a cada chegada ou despedida, pois ao melhorarmos a energia desse espaço com certeza ela fluirá por toda a casa ou empresa no caso dos espaços corporativos.
Um hall de entrada residencial é como o cartão de visitas daquela casa. As portas de entrada são elementos importantíssimos nesses halls.
Hall de apartamento onde o impacto é produzido pela incrível obra, escultura de raiz na parede frontal do elevador e refletida por espelhos. Projeto Myrna Porcaro
Hall com porta pivotante em lacca e folha de cobre e seu portal esculpido em mármore, escultura em cobre sobre coluna em vidro e teto revestido em espelho. Projeto Myrna Porcaro.
Quando podemos personalizar seu desenho não devemos perder a oportunidade. Já se tornam esculturas móveis que ao abrir realizam a mágica de permitirem a transição entre o exterior e o interior.
E se você não tiver um espaço delimitado para essa função ele pode ser elaborado com componentes que são importantes nesses espaços.Ou mesmo através de novas divisórias como biombos, painéis de madeira ou vidro podemos formar halls onde não havia.
Alguns elementos estão presentes nos halls mais eficientes e elegantes das residências contemporâneas, e essas fórmulas podem ser reeditadas em projetos comerciais dosando a presença dos mesmos elementos.
Espelhos geram reflexão, aumentam a luz e proporcionam retoques na imagem de quem chega ou sai. Cabides ou armários guardam casacos,pastas ou acessórios. Aparadores ou mesas podem ser o local escolhido para deixar chaves e correspondência.
Uma banqueta ou poltrona pode ser colocada sempre alguém vai esperar algo no hall. Revestimentos nobres, luz dosada, artificial e/ou natural, contraste entre materiais como pedras naturais,madeira e tecido trazem sofisticação e aconchego.
Nesses espaços é quase imprescindível a exposição de pelo menos uma boa obra de arte que com certeza merecerá ao menos um minuto de contemplação por todos que ali chegarem. Essa obra deverá ser minuciosamente escolhida e bem inserida no espaço. Flores frescas poucos objetos de decoração e tapetes também são importantes.
Geralmente esses espaços não são muito amplos nem muito bem iluminados. Cabe ao profissional do Design torná-los atraentes, eficientes,acolhedores e no meu caso sempre impactantes.
Gosto de causar impacto nos projetos pois acho que essa sensação também é uma forma de carinho com os clientes e deles com seus convidados. Além do mais, o fator surpresa torna o Projeto exclusivo e essa personalidade valoriza muito a propriedade.
Arquitetura e Design têm a função de servir mas também de surpreender, a cada canto ,a cada detalhe.
Myrna Gondim Porcaro
