Eyshila – Uma vida de amor, adoração a Deus e uma fé inabaláve
25 mar 2018
Eyshila é casada com Odilon, mãe de Lucas e Mateus (em memória), pastora, cantora, canta desde criança. Aos 15 anos começou a cantar com o grupo Altos Louvores, apesar de nunca ter sonhado em ser cantora, aceitou o chamado de cantar e adorar independente das circunstâncias. No ano passado, Eyshila se transformou em um milagre de Deus, ao superar a perda de seu filho Mateus, de apenas 17 anos. Ela compôs o louvor “O Milagre Sou Eu” e lançou seu novo CD no mesmo ano, se transformando em um referencial de adoração a Deus.
Eyshila tem 14 CDs gravados, centenas de composições, mais de 20 anos de ministério. Uma mulher amável e muito meiga, que tem demonstrado ser forte e um exemplo de fidelidade em Cristo, se mantem cumprindo seu chamado adorando a Deus, levando outros a amar e adorar o Deus de Milagres, em qualquer situação.
Eyshila esteve em Orlando no mês de fevereiro onde ministrou em algumas igrejas e compartilhou o quanto Deus é tremendo e opera milagres ontem, hoje e sempre. A Orlando Gospel bateu um papo com Eyshila e podemos conhece-la um pouco mais e saber dos milagres que Deus tem feito em sua vida.
Milagre no Casamento
Meu marido é pastor. Eu o conheci aos 17 anos de idade. Quando casei, jovem e imatura, deparei-me com um desafio. Meu marido, que foi viciado em cocaína e maconha quando solteiro teve sua maior recaída após nosso casamento. Um grande desafio seguir em frente, orando e lutando por sua libertação. Não estava só, havia um exército clamando comigo. Eu estava coberta pela igreja do Deus vivo. Ninguém vence a Noiva do Cordeiro. O Senhor libertou o Odilon – temos um livro que conta com detalhes cada processo desse momento em nossas vidas, “Uma história de amor e perseverança”. Hoje meu marido é pastor e me apoia em meu ministério.
Milagre da Fé
O pior desafio que sofremos até hoje foi o luto. Uma grande dor que na verdade ainda estamos enfrentando. Não sei se passa, ou se Deus nos deixa forte para conviver com a dor e continuar vivos.. Meu filho era um menino saudável, crente e feliz. Estava se preparando para estudar em Dallas, no CFNI. O Matheus completaria 18 anos no dia 4 de Julho de 2016. Deus o chamou para si no dia 14 de Junho, alguns dias antes do seu aniversário. Houve uma grande comoção a nível nacional e até internacional.
Igrejas se reuniam para orar pelo meu filho em todos os lugares desse mundo. O hospital onde ele estava internado recebia uma média de 200 pessoas por dia, só para orarem por ele na salinha de intercessão. Ocupamos todas as salas de oração do hospital. Orávamos pelo Matheus e pelos demais enfermos. Não foi por falta de oração que Deus o levou. Também não foi por falta de fé. Nem foi a Meningite viral herpética, ou incompetência médica. A doença foi apenas uma desculpa pra que Deus cumprisse o seu propósito. Existe o fator “soberania divina”, e contra isso não há argumentos ou orações que prevaleçam. Temos vivido cada etapa do luto. Escolhemos nos misturar, chorar no colo de Deus, sendo abraçados pelos irmãos, ouvindo histórias de quem também viveu algo assim e venceu, superou e seguiu em frente.
Milagre da Vida
Durante o nosso tempo de intercessão e unidade em favor da cura do Matheus no hospital, Deus soprou uma frase em meu coração que tem me mantido viva: O milagre sou eu. Essa frase gerou uma canção de consolo, e deu título a um cd que lancei no mesmo ano em que enterrei meu filho.
Não é apenas uma frase de efeito, mas uma declaração profética e uma revelação que nos trouxe um novo entendimento sobre a realidade das perdas. Deus não prometeu nos explicar o porquê de todas as tragédias que enfrentamos, mas Ele prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Estamos agarrados a essa verdade. Jesus é a nossa verdade!
Estamos vivendo um dia de cada vez. Decidimos parar de perguntar a Deus o porquê dessa perda, e passamos a perguntar o que fazemos com ela. O que fazemos com o que a vida nos proporciona? O que fazemos nesse tão curto intervalo da nossa existência deste lado da eternidade. Pelo menos até que Deus me chame pra estar com Ele, ou até que chegue o dia do arrebatamento da igreja, eu escolho viver aqui com intensidade e coragem. Não tenho a ilusão de que será fácil. Não acho que meus desafios acabaram. Mas, hoje eu me sinto mais forte e preparada para certas batalhas.
Eyshila encerra a entrevista dizendo…
O conselho que quero dividir com as pessoas é o que recebi de uma mãe enlutada, porém vitoriosa, que amo muito, a Bispa Sônia Hernandes. Ela também enterrou seu primogênito recentemente. Ela me disse: Eyshila, não permita que a morte leve nada além daquilo que Deus permitiu. A morte é egoísta, e sempre vai querer algo mais. Vai querer levar nossos sonhos, nossa alegria, nosso casamento, nossos outros entes queridos, e cabe a nós não permitir que isso aconteça. Sou grata a Deus por essa palavra que me despertou para a vida ao meu redor. Afinal, nem tudo é morte quando alguém morre. Se abrirmos os olhos ainda veremos que há vida.
Se estamos vivos, vivamos então. Vivamos intensamente as dores, as perdas e as lágrimas. Vivamos as alegrias e conquistas que Deus ainda nos concede a cada amanhecer. Vivamos o hoje! Vivamos as promessas sem culpa pelos que já foram. Eles cumpriram seu tempo e sua missão. Nossa carreira ainda não acabou. Então vivamos intensamente. Sejamos aliados da vida. Porque o milagre somos nós…
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Romanos 8:38,39