Entendendo o Mundo das Criptomoedas
28 jan 2020
Para entender o mundo das Criptomoedas, precisamos voltar um pouco no tempo, para a Era do ouro. Por um breve período, nos anos de 1900, as notas que usamos hoje em dia, poderiam ser trocadas por ouro, nos bancos. Comprar uma nota, ou ter uma nota/título, significava ter um valor de ouro, para facilitar a locomoção e as trocas. Até que em 1971, os bancos extinguiram o sistema de que dizia que a nota (o dólar) poderia ser trocado por ouro, e fomos obrigados a usar os dólares como moeda final, sem nenhum lastro econômico. O grande problema deste modo de funcionamento na economia, é que dinheiro pode ser gerado, e inflacionando assim a economia. Não é uma moeda totalmente confiável. Se o país entrar em crise, ele vai imprimir dinheiro, e o dinheiro de todos perderá seu valor.
Eis então, em 2009, levando tudo isso em conta, que Satoshi Nakamoto criou a primeira moeda virtual. O Bitcoin. O intuito desta moeda, era fazer com que a ideia do ouro fosse mantida, mantendo SEMPRE um valor fixo da moeda, e pegar o lado bom do dólar, que é a locomoção, e claro, uma moeda que não fosse controlada por nenhuma empresa/estado/instituição para que não alterassem seu sistema para benefício próprio. O Bitcoin é uma rede que quando foi criada, ela teve seu limite de “Bitcoins” estabelecido em 21 milhões de unidades. O que isso significa? Isso significa que quando os “mineradores” (já falaremos sobre isso), minerarem 21 milhões de Bitcoins, não terá mais novos Bitcoins rodando no mercado. Isso supostamente acabaria com o problema de inflação que as moedas estatais utilizam.
Um minerador de Bitcoin, é uma pessoa que fica com a rede do Bitcoin aberta, rodando. Consumindo energia elétrica e processamento do computador. Algo como um programa. Estes mineradores, são responsáveis pelo novos Bitcoins que entram no mercado e também por fazer as transações de todas as pessoas do mundo, que utilizam Bitcoin. Eles não tem como alterar nada no sistema, apenas deixa-lo aberto. E eles serão recompensados com Bitcoins. Por isso, muitas pessoas e até empresários, investiram em redes de mineração, em diversos países. Levando em conta o preço da energia elétrica no país, e as leis de liberdade. Dois grandes problema do Bitcoin, e que agora, novas moedas já surgiram para corrigir este problema, é que há um custo de transação alto, para todo envio de Bitcoin. Este custo é o que os mineradores recebem, e ele varia dependendo da alta do Bitcoin e de quantos mineradores estão atualmente “minerando”. Um exemplo… Se você quer comprar um carro com Bitcoin, e o carro vale exatamente 1 Bitcoin (30 mil reais), e a taxa de transação está alta, você tem que gastar um Bitcoin, e mais “meio” bitcoin de custo transação. Acaba-se pagando 45 mil reais em Bitcoin, pelo carro, por conta do custo de transação.
O outro problema, é que a demanda é muito alta, e que não temos mineradores suficientes para agilizar as transações. Hoje em dia, você pode escolher quanto de transação você quer pagar, entre Alto/Médio/Baixo, a diferença é o tempo de transação. Sendo a baixa, tendo uma espera de cerca de oito horas para realizar a transação, e a alta entre quinze minutos à uma hora.
Muitas moedas surgiram, para tentar de modos similares, operarem como o Bitcoin. Como a famosa Ethereum, as moedas alternativas que o próprio Bitcoin criou, como Bitcoin Cash. E várias outras, algumas até mesmo feitas para roubar dinheiro de quem acredita que a moeda subirá de preço daqui uns anos. Como aconteceu com a Bitcoin, que começou valendo apenas centavos, e agora valem 30 mil reais uma única Bitcoin. Pessoas ficaram milionárias e ainda ficam, investindo nas moedas certas. Você pode checar na internet, todas estas moedas, através do site “Coin Market Cap”. Lá mostra todos os dados de todas as moedas e todas informações que você precisa.
Uma moeda surgiu, chamada Raiblock, agora chamada de NEO, que tirou o problema que a própria Bitcoin tinha (alto custo de transação e demora para cada transação). Essa moeda, diferente do Bitcoin, não precisa de mineradores, ou seja, não há taxas de transação, e as transações são feitas quase que instantaneamente. Esta moeda, novamente, começou valendo centavos, e hoje em dia valem 35 reais a unidade.
O mundo das criptomoedas, é um mundo onde deve-se tomar muito cuidado, pois há muitas fraudes, e moedas que prometem coisas que elas não são capazes de entregar. É necessário muito estudo de economia global (crise financeira, pois é quando este bem escasso sobe de preço), e estudo técnico para saber se a moeda tem o que é necessária para crescer, e o que ela apresenta de novo, que outras moedas mais consolidadas já não tenham.
Vendo a maravilha tecnológica que as moedas virtuais tinham de potencial, os bancos começaram a utilizar, e criaram sua própria moeda virtual. A XRP. Para evitar transações de longas distâncias e problemas de segurança, eles utilizam esta moeda para fazer transações gratuitas de um banco para outro. Os maiores bancos já utilizam esta moeda, enquanto uns ainda estão evoluindo. Mas é fato de que em poucos anos, nosso estilo de vida mudará com a tecnologia das moedas virtuais.