Educar também é dizer “não”
01 jun 2018
Seu filho simplesmente não aceita um não como resposta? Toda vez que você diz não, ele inicia a birra? Você permanece dizendo não e o choro agora prevalece na sua criança? A cada não que sai da sua boca faz o tom do choro só aumentar e você acha que nada faz acalmar seu filho, e você começa a achar que a única solução será ceder. Mais uma vez, seu firme “não” acaba se tornando um “sim”.
Colocar limites para crianças ou adolescentes é, sem dúvida, uma das mais importantes e desafiadoras tarefas dos pais. Dizer “não” é função paterna e materna, ato de amor. Virtude que deve ser praticada desde muito cedo, já nos primeiros meses de vida das crianças. A princípio, os pequenos não entendem o significado da palavra “não”, mas são perfeitamente capazes de compreenderem gestos e comportamentos da “não aprovação” dos pais diante de suas atitudes inadequadas.
Quando vai crescendo, diferentes nãos devem ser dados às crianças e depois ao adolescente, de forma a orientá-los para o caminho que os pais desejam que sigam.
O equilíbrio entre o “sim” e o “não” ajuda as crianças a descobrirem o que é certo e o que é errado, ensina que regras precisam ser respeitadas, assim como os valores da família, além de ensinar a criança a controlar suas emoções e frustrações. Dessa forma, os pais poderão estabelecer os limites na educação. O ideal é dizer ‘não’ naturalmente, explicando de forma rápida, clara e coerente o porquê do não e se manter firme, sem demonstrar sentimentos de dó ou raiva.
Jovens ou crianças sem limites, sem receber “não”, pensam que mandam na vida, mandam nos pais, professores, colegas. Se os adultos não derem limites e não negarem alguns caprichos das crianças, elas não aprenderão a lidar com as adversidades que surgirem pelo caminho – e isso se torna um problemão lá no futuro. Em resumo, o seu filho vai se decepcionar, sim, muitas vezes, e isso é bom para ele. Só passando por essas situações e aprendendo a lidar com elas será possível adquirir habilidades importantes para toda a vida, como perseverança, paciência, empatia, flexibilidade e autonomia.
Diga não sempre que preciso.
Tatyana Melo