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Dilza Araújo: Paleta de cores e ritmos

Dilza Araújo: Paleta de cores e ritmos
23 fev 2018

Há 20 anos, a designer de interiores Dilza Araújo deu os primeiros passos na difusão de suas obras em Miami. O primeiro contato com a arte em solo americano foi em 1998, quando ajudou a montar uma galeria de arte com a Visual Galeria de Arte de Brasília com a Marli e Luciano Faria.

A artista ficou em Miami por um ano olhando as condições de mudar para solo americano com os dois filhos, um de 9 e outro de 15 anos. A filha mais velha o marido ficaram em Brasília por conta de estudos e trabalho. “Foi difícil ter uma parta da família longe até que teve um problema de saúde que me fez voltar ao Brasil, então não pude concluir a galeria em teste e fixar em miami”, contou.

 

Em 2010 ocorreu a mudança definitiva para Miami, depois de terminar o curso de designer de interiores e de uma indicação médica para passar uma temporada em uma cidade praiana para a recuperação de uma cirurgia muito grave que fez, onde colocou duas prótese de quadril. O Dólar em baixa, as variadas opções de locais e a dissolução do casamento a ajudaram a decisão de comprar um apartamento na terra do sol.

 

A alteração do visto e o convite de renomados artistas para participar de projetos com ela, como Valéria Musumeci, Marília Cavalcante e Jade Matarazzo, alavancaram o nome de Dilza no cenário americano. Dois grandes marcos na história internacional de Dilza foi ser convidada por Valeria, proprietária da San Paul Gallery, em Wynwood, para expor em um evento que contou com pinturas ao vivo, música e instalações artísticas e participar do Arte que Salva para ajudar as crianças com fome, na África e no Brasil. “Meus quadros estão sendo sempre leiloados e com compradores. Tenho ajudado o Centro Espírita Conscius Living a ajudar com sacolas pintadas , que são vendidas . Ajudando assim as crianças com câncer”.

 

Nascida em Patos de Minas, Minas Gerais, Dilza Araújo começou a saga com os pinceis em 1990, ano em que conheceu Marlene Godoy, que até hoje é a sua mentora nas artes. No ateliê de Marlene estudou sobre história da arte, técnicas de pintura, pintura acrílica, a óleo e encáustica e uma técnica milenar que usa ceras de abelha, carnaúba, damar e parafina, que é usada desde o Egito Antigo.

 

Sua mentora, Marlene Godoy, foi aluna de uma artista italiana chamada Catarina Baratelli que, por sua vez, foi aluna de Morandi, famoso pintor italiano que ficou conhecido por sua precisão na pintura de natureza morta. Dilza Araújo já palestrou cursos juntamente com seus colegas de ateliê na Casa da Cultura Dominicana em Nova York e, entre 1993 e 2015, participou de inúmeras exposições pelo Brasil e, também, na Bienal de Roma.  “Com Marlene Godoy não é só soltar arte. Lá você aprende história da arte, desenho, a palheta do Morandi, a composição, desenho nú. Marlene exige que você compartilhe a arte, porque ela tem que ser doada e tem que caminhar, do contrário ela não será bem entendida”.

 

Muita das vezes, a arte de Dilza é comparada com as obras do ícone Burle Marx. Além de pintor, Marx era músico, escultor, designer de tecido, de joias, de composição de jardim. “Ele fez isso tudo virar a obra dele, porque ele trabalhava com o espírito livre nos traços; as composições dele eram abstratas; a forma dele era criativa e simples, modernista, com a dinâmica de cores, como o de texturas, linha sinuosas e bidimensional.

Eu acho que tenho um um pouquinho, uma leve semelhança com Burle Marx e eu fico muito honrada com a comparação”.

 

Dilza define a sua arte como abstrata, modernista, de traço e composição com linhas abstratas e policromático. As linhas são sinuosa, bidimensional e tridimensional. “Eu não faço um desenho ou sigo um desenho, eu olho o que as sombras das manchas me mostram e a partir dali eu vou montando e buscando as linhas com um espelho e fazendo meu trabalho que é um único não tem dois”.

O trabalho também é todo baseado na palheta do Morandi porque Marlene Godoy foi aluna de uma aluna deste artista e trouxe esse estilo intimista para seus alunos. Dilza explica que Morandi vê sua paleta com uma sequência de cor que é irmã da música. “Ela segue aquela mistura, aquele ritmo, que é único de e para cada artista.

Por Flávia Ferreira

 

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