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Congresso do Colégio Americano de Cardiologia

Congresso do Colégio Americano de Cardiologia
29 mar 2018

Nosso Correspondente de Saúde mostra as novidades que vão ajudar a população viver mais e melhor.

Mais de 20 mil cardiologistas de todo o mundo se reuniram no Centro de Convenções de Orlando, para o Congresso do Colégio Americano de Cardiologia. Durante 4 dias foram discutidas opções de tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares.

Uma pesquisa com resultados muito aguardados era o estudo ODISSEY, de um novo medicamento para reduzir os níveis do Colesterol LDL (“mau colesterol”), em pacientes com doença coronariana conhecida, que não conseguiam manter os níveis de colesterol baixos.

Nos pacientes que não conseguiam manter o Colesterol LDL abaixo de 70 mg/dl, apesar dos remédios, foi usado um bloqueador da enzima PCSK9, que atua na ação dessa enzima no fígado, fazendo cair os índices do Colesterol LDL.

Foram 19 mil pacientes acompanhados em média por 3 anos. Metade recebeu o medicamento e os outros mantiveram o tratamento habitual. Apesar de serem pacientes de alto risco, o tratamento levou à uma redução de mortalidade de 15% por qualquer causa. Nos pacientes que apresentavam níveis de Colesterol LDL acima de 100 mg/dl no inicio do estudo a redução de mortalidade foi de 29%.

Gripe e Coração

Outra pesquisa que chamou atenção estudou 78 mil pacientes com Insuficiência Cardíaca, acompanhados na Ásia, Europa e Estados Unidos. O resultado demonstrou que a vacinação anual da gripe reduz à metade o risco de morte em quem tem Insuficiência Cardíaca.

A Insuficiência Cardíaca aparece depois de um infarto do coração, ou mesmo quando alguém tem hipertensão e não se trata, e o coração perde a capacidade de bombear o sangue.

Os dados de mortalidade mostraram que quem recebeu a vacina cortou pela metade a chance de morrer por qualquer causa, durante a temporada de gripe. E esse benefício permanecia, no resto do ano, diminuindo o risco de mortalidade em 22%.

Inteligência Artificial nas Emergências Cardiológicas

Um paciente chega ao hospital com dor no peito. Pode ser um infarto!
Algumas vezes o diagnóstico é mais fácil de ser feito com a dor tendo características típicas e o exame do paciente mostrando sinais que orientam os médicos.

Mas nem sempre é assim, e é preciso exames de sangue, eletrocardiogramas e outros testes. Para facilitar o processo, algoritmos, que são esquemas de associação dos dados obtidos, já foram criados e são usados.

O trabalho apresentado foi realizado na Suécia, entre 2011 e 2013, e usou um algoritmo aplicando Inteligência Artificial e “Machine Learning”, onde o computador melhora sua performance a cada resultado comparado com a realidade.

Na primeira fase, 5.800 pacientes tiveram seus dados coletados e o diagnóstico final incluído no estudo. Isso serviu para que o computador “aprendesse”.

Na segunda etapa, com mais 2.400 pacientes, os exames e história clínica, foram novamente avaliados, porém o computador foi testado para saber se chegava a definir o resultado. O índice de acerto foi de 94%, quando 90% é considerado um nível elevado de acerto diagnóstico.

Uma ferramenta dessas pode auxiliar os médicos na decisão de dar alta a um paciente, ou mesmo interná-lo e pedir exames mais completos.

Por Luis Fernando Correia.

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