Chris Delboni, a jornalista que pode mudar a sua vida
02 nov 2018
Certamente você já ouviu falar na nossa entrevista do mês. Chris Delboni é uma jornalista premiada que foi correspondente da grande mídia em Washington por mais de 12 anos antes de se mudar para Miami, onde levou sua experiência para o jornalismo acadêmico, formando centenas de estudantes da Universidade de Miami e Florida International University. Delboni oferece workshops de media training e coaching de comunicação, carreira e vida.
Contudo, de fato, não é a excelência profissional que destaca Delboni, mas a paixão que coloca em todas as coisas com as quais se compromete e que transmite para todos com quem se relaciona, por isso todo o reconhecimento em sua carreira como jornalista nos maiores veículos brasileiros, como Estadão, onde publicou a coluna Direto de Miami, Rádio Bandeirantes, CBN, Globo News, Veja, Isto É, Isto É Dinheiro, entre outros.
Para além de noticiar e contar narrativas, Chris agora ajuda na construção de histórias de sucesso através de seu trabalho como life coach, modalidade de coaching que você irá conhecer um pouco mais no bate papo que a South Florida BrazilUsa teve com a profissional.
South Florida: Como surgiu a sua relação com o jornalismo? Sempre foi uma paixão?
Chris Delboni: Fiz jornalismo na American University em Washington, me formei em 1992, em jornalismo impresso. Sem nunca segurar um microfone durante minha vida acadêmica, foi quando visitei a Rádio Bandeirantes numa ida a São Paulo que começou minha verdadeira paixão, descobri minha vocação e missão de vida. Já havia feito muitos “freelas” para revistas, e recebi o Prêmio Abril por uma matéria para a Super Interessante. Mas quando voltei de férias como correspondente da Rádio Bandeirantes, e corria Washington atrás de notícia, e transmitia ao vivo pelo celular que eu vi o impacto do jornalista na vida das pessoas, o poder de dar a voz literalmente a pessoas que nunca teriam condições de contarem sua história. Foi quando minha verdadeira paixão por jornalismo floresceu. Em 2003, fiz mestrado em jornalismo online, e aí o objetivo era poder lecionar, já pensando em passar não só o meu conhecimento, mas essa paixão para jovens jornalistas, o que vim a fazer em Miami.
SF: Atualmente, você realiza inúmeros eventos como life coach. Por que decidiu entrar nesse ramo e em que ele se une ao trabalho que já realizava como jornalista?
CD: Fiquei 12 anos como correspondente em Washington, com reportagens diárias, e muito importantes, mas no fim sentia que tinha uma missão em passar esse conhecimento e experiência. Em Miami desde 2005, primeiro entrei na Universidade de Miami, e em 2009 a Florida International University lançou o South Florida News Service, uma redação acadêmica, onde alunos de jornalismo publicavam nos principais jornais: Miami Herald, Sun-Sentinel e Palm Beach Post. Fui a primeira diretora dessa redação, e coloquei em prática minha meta, e missão. E foi nesses 10 anos que percebi a importância do coach, como todos, principalmente jovens, precisam de uma orientação de vida. Mas nunca deixei o jornalismo, acho importante nos mantermos ativos – não só falar, mas estar fazendo, por isso, continuo aprendendo e muito com cada entrevista que faço para minha coluna Direto de Miami.
SF: Qual a principal função do life coach? Em que ele se diferencia com a psicologia?
CD: O psicólogo se volta muito ao passado e ao “por que” de nosso comportamento. Não que o coach também não faça essas perguntas, mas o maior foco é com resultado prático e concreto – presente e futuro. Trabalhamos com metas e objetivos claros, precisos. Por exemplo, um jovem não sabe se quer fazer jornalismo ou teatro. Vamos avaliar juntos as opções, e com a ajuda, orientação do coach, ele chegará a sua própria conclusão – sem julgamento ou interferência alheia. Só ele sabe de fato seu propósito, e o coach vai ajudá-lo a encontrá-lo, eu chamo da estrada do sucesso, de dentro para fora.
SF: Quais os benefícios para as pessoas?
CD: O maior é encontrar seu propósito – e vivê-lo. Quanta gente passa a vida vivendo uma mentira, e nem sabem? Eu desenvolvi uma metodologia do Código da Felicidade, em 12 etapas, onde você cria seu próprio código genético, baseado em 9 vitaminas que todos precisamos, em doses individuais. Quando somos capazes de definir nosso código, tudo fica mais fácil, nutrimos nossa alma, e aí, não há limites para nossas conquistas.
SF: Filosoficamente falando, poderíamos dizer que o seu papel seria levar as pessoas a uma epifania? Como isso pode ser feito?
CD: (Risos) Muito bem colocado. Quando as pessoas vivem seus propósitos, elas vivem diariamente uma epifania, vivem sua essência.
SF: Quais os maiores questionamentos levantados por você durante um workshop?
CD: que o maior: a que veio? Está fazendo o que nutre sua alma? Se não, comece! Enquanto estamos vivos, há sempre tempo de descobrirmos nossa missão de vida e atingi-la. Basta fazer a escolha: quero ser feliz e vou me livrar do vício do estresse.
SFCD: Quais os maiores feitos de sua carreira?
CD: Fui correspondente da grande mídia, rádios Bandeirantes e CBN, Globo News, revistas Veja, Isto É, Isto É Dinheiro, e muitas mais. Mas acho que até agora, o South Florida News Service, a redação acadêmica que construí na FIU por 7 anos me deu a maior satisfação. Fiz a diferença em vários sentidos. Profissionalmente, os alunos publicaram nesse tempo mais de 300 artigos na grande mídia local do Sul da Flórida, mas para mim o mais importante é que eles estão tendo sucesso na carreira depois de formados, e até hoje me ligam para tirar dúvidas, de vida, profissionais, éticas. A diferença que fiz na vida de cada um me emociona. Sinto enorme orgulho em poder fazer parte dessa trajetória de sucesso dos meus alunos. Brinco que venho com “lifetime warranty” – enquanto estiver viva, podem sempre contar comigo e fazem!
SF: Quais os pilares que movem a sua carreira? Poderia explicá-los para os nossos leitores?
CD: O maior: paixão pelo que faço. Não acredito em plano B. Me dou por inteira ao plano A, e se não estiver dando certo, não paraliso e fico me cobrando. Avalio o que deu errado, quais as circunstancias que impediram o sucesso de um projeto, e crio meu novo plano A, de novo, com toda minha energia e dedicação.
SF: O conceito de coach está bem difundido no mundo, principalmente nos Estados Unidos. Qual a maior diferença de seu trabalho?
CD: Acho que também é a paixão com que atendo, o respeito pelo cliente e como chego para uma entrevista, para uma matéria que estou fazendo, seja o que for, sem julgamento. E me entrego inteiramente ao momento. Minha capacidade de escutar e entender a fonte, o cliente, o amigo, talvez seja meu maior trunfo, presente que Deus me deu.
SF: Gostaria de acrescentar algo?
CD: Só agradecer a oportunidade.