Chances de recessão na Flórida são baixas
08 mar 2019
A Câmara de Comércio da Flórida divulgou, recentemente, que há poucas chances de recessão no estado este ano. A análise para essa conclusão é baseada no crescimento contínuo no mercado de trabalho. E em Orlando, esse crescimento tem sido robusto, com a região metropolitana liderando o país, nos chamados empregos não agrícolas, com ganhos percentuais de 4,8%.
Para explicar os riscos, podemos fazer a seguinte comparação: se a Flórida fosse uma ação, seria indicada para compra, pois está em viés de alta, porém não seria totalmente sem riscos.
Durante a Cúpula do Panorama Econômico de 2018 da Florida Chamber Foundation, foram apresentados os seguintes dados:
As cidades de Broward e Palm Beach, localizadas ao sul da Flórida, estavam entre os três principais condados que mais adicionaram empregos de novembro de 2017 a novembro de 2018. Broward acrescentou 20.185 empregos e Palm Beach County: 19.655 empregos.
Orange County foi onde ocorreu o maior crescimento no número de novos empregos: 37.713.
Em 2019, a expectativa é que 150 mil empregos sejam criados na Flórida, um número menor que em 2018, entretanto, segundo Jerry Parrish, economista-chefe da fundação de câmara, o estado deve seguir crescendo mais que a taxa americana.
No ano passado, o estado gerou 241.600 nos 12 meses encerrados em novembro. No mês mais recente medido, de acordo com o Departamento de Oportunidades de Emprego da Flórida, a taxa de crescimento de 2,8% superou a taxa geral de 1,7% nos EUA.
De acordo com a pesquisa recém-divulgada do Índice de Indicadores Líderes da Flórida, da Florida Chamber Foundation, e publicada no TheFloridaScorecard.org, são remotas as probabilidades do estado enfrentar uma recessão este ano e isso se deve ao fato da economia da Flórida crescer acima da média nacional.
A Flórida, que possui uma baixa taxa de juros, também deve se beneficiar do projeto de lei de impostos federais, recém-aprovado, que pode fazer com que a riqueza passe de estados com impostos mais altos, como Nova York e Califórnia.
Mas a economia da Flórida não está totalmente livre de perigos. Uma potencial guerra comercial, a expansão de tarifas e o desaceleramento de outras economias, podem prejudicar o estado. Entretanto especialistas acreditam que esses fatores não terão um impacto tão grande, pelo fato da economia da Flórida ser diversificada, sendo capaz de atrair e reter uma força de trabalho talentosa, além de trazer novos negócios.
Há, ainda, dois outros fatores relevantes a serem considerados:
A economia da Flórida, medida pelo PIB, superou a marca de US $ 1 trilhão neste verão, tornando-se a 17ª maior economia do mundo.
Há um ano, o painel de indicadores econômicos da fundação relatou 9% de chance de recessão. Isso agora cresceu para quase 20,6% para os próximos nove meses. Ainda assim, é importante frisar que os especialistas afirmam que as chances de um bom ano para a Flórida são bem maiores.