MÃE EM UMA MISSÃO
04 dez 2018
“Na verdade, na verdade vos digo que se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica eles só, mas se morrer, dá muito fruto”(Jo 12:24).
Meu nome é Paula Regino, sou casada há 15 anos e tenho duas filhas – 9 e 12 anos. Eu tive uma experiência com Jesus quando tinha 17 anos e essa experiência transformou completamente minha vida (em todos os sentidos). A partir desse momento, eu e minha família nos envolvemos muito no ministério, além de nosso trabalho, família e alguns anos depois, filhos. Não sei se você consegue imaginar como era nossa vida, mas éramos extremamente envolvidos e ativos em tudo. Nosso tempo era contado, nossos dias passavam velozmente e estávamos sempre cercado de pessoas. Tudo sempre pareceu estar indo bem, sem perfeição, mas felizes.
Foi então que há 4 anos começou uma nova aventura: Deus nos trouxe para essa nação (Estados Unidos). Ah! Pronto! Tudo mudou completamente! De repente tudo parou. Sem família, sem amigos, sem reuniões, compromissos, atividades, trabalho… nada, nadinha. Ficamos nós quatro, o tempo todo, a semana toda, o final de semana inteiro, semana após semana.
Nesse processo tivemos que morrer internamente para muitas coisas acreditando em algo que Deus tinha colocado em nossos corações – ainda que não soubéssemos direito o quê. E ainda tínhamos que administrar nossas filhas, que também tinham que se despedir de tudo, junto conosco. Se nós não entendíamos direito, imagine elas… Foi muito difícil! Eu mesma nem sabia que poderia suportar tantas mudanças.
Um versículo bíblico ecoava em nós durante esse processo “Na verdade, na verdade vos digo que se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica eles só, mas se morrer, dá muito fruto”(Jo 12:24).
É incrível como em alguns momentos somente um versículo, uma palavra vinda de Deus é capaz de te sustentar de forma tão poderosa! Ela realmente é viva!
Tivemos que aprender a viver tudo de novo, a redescobrir muitas coisas. Aprendi a dar muito mais valor e atenção aos pequenos detalhes, aprendi a valorizar ainda mais minha família e minha casa. Comecei a perceber ainda mais as necessidades de minha filhas e compreender muito melhor seus sentimentos.
Quatro anos já se passaram. Foram (na verdade ainda estão sendo) anos de muitas lágrimas derramadas aos pés de Jesus, desafios, adaptações, superações, incertezas, palavras de fé, confiança nas promessas, convicções, mas o que considero mais importante: algo mudou. Uma pessoa morreu e outra nasceu. Nasceu também uma compreensão, uma consciência ainda maior da importância da minha missão como mãe, de nossa participação, de nossa presença, de nossa intencionalidade na educação de nossos filhos – sabendo que a palavra de Deus é a fonte de toda sabedoria, e é Nela que buscamos respostas, assim como também ensinar nossos filhos a fazer o mesmo.
Gostaria de deixar essa mensagem para você leitor(a): muitas coisas podem nos trazer prazer, alegria e sentimento de realização, mas nada se compara a missão da maternidade e paternidade. Essa com certeza é uma das maiores e melhores missões que Deus nos deu: a de educarmos nossos filhos! Vale a pena deixar a semente morrer (nós mesmos), pois com certeza dará muito fruto, e serão muito melhores do que nós! Que Deus nos abençoe nessa missão!