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BERNARDO CORREIA MENINO DO RIO E DO MUNDO

BERNARDO CORREIA MENINO DO RIO E DO MUNDO
19 out 2018

CAPA BRAZILUSA ORLANDO 93Não foi fácil mudar, deixar para trás a escola e os amigos da “vida toda”. Bernardo Correia voou para os EUA em 2016 para completar o Ensino Médio na Lake Highland Preparatory School, em Orlando, na Flórida.
Era natural que o menino do Rio trouxesse uma bola de futebol. De cara foi chamado para o time principal (Varsity). Mas na primeira temporada, uma concussão cerebral, numa disputa de cabeça, o afastou por dois meses. No ano seguinte foi campeão do distrito, mas a paixão pela bola oval foi maior.
O Football não foi novidade para Bernardo, já que ele e o pai acompanhavam o esporte na TV. Mas entre saber as regras e conhecer as milhares de jogadas é bem diferente. O Football na América faz parte da vida das crianças desde muito cedo. Elas aprendem em anos, o que Bernardo precisou assimilar em meses.
Para Ben Bullock, um dos “coachs” mais talentosos da nova geração americana, e treinador do brasileiro, a vantagem de Bernardo “é a visão espacial que tem do campo, o que certamente trouxe do soccer”, enfatiza. Outra qualidade é a velocidade: “Ele corre o campo todo e não cansa”, elogia.
A vontade de jogar Football no College é grande. “Já visitei algumas universidades e participei de Camps. Sei que é difícil estudar e jogar, mas gostaria dessa chance”, confessa.
A rotina de treinos é árdua. Duas horas pela manhã e musculação à tarde.
FRIDAY NIGHT LIGHTS

A competição dura em média três meses. Os melhores seguem para os Playoffs. Em 2017, a Lake Highland estava há oito anos sem disputar esta fase, mas a classificação veio com 8 vitórias.
O Senior Year, último do High School, é uma fase de grandes expectativas. Os alunos se preparam para provas que definem para qual faculdade irão. E quem pratica esporte pode ser aceito como atleta. “Quero tirar uma boa nota no SAT, o vestibular dos americanos”, conta Bernardo.
No material que vai para os Colleges, Bernardo pretende apresentar trabalhos sociais que fez, entre eles arrecadação de fundos para compra de cadeiras de rodas para crianças com paralisia cerebral, e ajuda para uma escola que atende crianças carentes. Vai contar sua experiência nos Clubes de Debates, e a importância de seu novo projeto. “Perdi um amigo que se suicidou com 22 anos. Criei uma página no Instagram (@onewordonlyplease) onde mostro às pessoas que não estão sozinhas”, se emociona.
Como quer cursar Business, está montando uma loja virtual para vender pulseiras com palavras de apoio. “A renda vai para instituições que cuidam de pessoas com depressão”. Ótimo começo para alguém tão jovem.
Da Redação

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