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A serviço do bem.

A serviço do bem.
13 set 2018

CAPA BRAZILUSA ORLANDO 92Num dos primeiros textos da revista, comparei o networking a uma poupança. Você acumula créditos ou débitos ao usar. Créditos quando ajuda alguém. Débitos quando é ajudado (nossa sociedade cobra que você ajude de volta quem te ajudou).
Para criar estes créditos, tente ajudar as pessoas em todas as situações possíveis, sendo enviando alguma informação, perguntando como a pessoa está, se precisa de algo, se melhorou, se resolveu o problema que estava passando etc. Normalmente o esforço para ajudar é muito menor que a recompensa possível.
Você tem ideia das oportunidades de ajudar os amigos e conhecidos que passam na sua mão diariamente? A ida ao mercado pode ter um produto que lembre seu amigo e que talvez ele não conheça. Ao abrir sua rede social, faça 3 comentários positivos nas publicações dos amiguinhos, naquelas que você gostou. Compartilhe aquilo que você viu e não pode aproveitar você mesmo (não é possível aproveitar todas as oportunidades…). Simplesmente mande uma mensagem perguntando como está o filho na escola. Com isso, sua rede ficará mais próxima de você e vai sendo alimentada. É treinando o olhar pra fazer a ligação do que você vê com (ajudar) alguém conhecido. Um exercício interessante é escolher alguma hora do dia (colocando o despertador do celular por exemplo) e ao soar o alarme, olhe a sua volta e veja o que há ali e quem te lembra. Mande uma mensagem para a pessoa. Pode ser a coisa mais esdruxula do mundo: “Vi o grampeador na minha mesa e lembrei daquele dia que os papeis do seu trabalho voaram na frente do nosso chefe na reunião. Deveriam fazer um quadro com grampos para situações de “emergência”, né? Como você está?”. Simples, e quando você acostumar com isso, fará naturalmente.
E se você for esta pessoa ajudada, mostre que notou isso e que o que foi feito é importante. Você quer continuar sendo ajudado, não? Agradeça alguns dias depois e claro, coloque esta pessoa na sua lista de “alvos” a serem (muito) ajudados. Pense naquilo que você gostaria que fizessem para você em retribuição e no que imagina que a pessoa gostaria.
Eu adoro uma maneira dos americanos serem lembrados: quando são ajudados, costumam mandar cartão de “obrigado”. Que coisa mais fofa, falando sério. É uma maneira de agradecer quem os ajudou. E deixar claro que o gesto foi percebido. Existem até cartões institucionalizados a venda em grandes supermercados em lotes de dez (afinal, temos muito a agradecer normalmente). Compre um lote pequeno destes para terem em mãos e usar sempre que possível. São alguns poucos créditos e ajudam o sistema de networking a funcionar melhor e mais harmônico.

Giuliano Garbi

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