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Educar também é dizer “não”

Educar também é dizer “não”
07 dez 2017

Seu filho  simplesmente não aceita um não como resposta? Toda vez que você diz não, ele inicia a birra?  Você ao educar permanece dizendo não e o choro agora prevalece na sua criança? A cada não que sai da sua boca faz o tom do choro só  aumentar e você acha que  nada faz acalmar seu filho, e você começa a achar que a única solução será ceder. Mais uma vez, seu firme “não” acaba se tornando um “sim”.

Colocar limites para crianças ou adolescentes é, sem dúvida, uma das mais importantes e desafiadoras tarefas dos pais. Muitos evitam ao máximo o confronto, preferem, por exemplo, saírem escondidos de casa para não terem que dizer ao filho que não podem ficar com ele naquele momento e ter que vê-lo chorar. Dizer “não” é função paterna e materna, ato de amor. Virtude que deve ser praticada desde muito cedo, já nos primeiros meses de vida das crianças. A princípio, os pequenos não entendem o significado da palavra “não”, mas são perfeitamente capazes de compreenderem gestos e comportamentos da “não aprovação” dos pais diante de suas atitudes inadequadas.

Quando vai crescendo, diferentes nãos devem ser dados às crianças e depois ao adolescente, de forma a orientá-los para o caminho que os pais desejam que sigam.

O equilíbrio entre o “sim” e o “não” ajuda as crianças a descobrirem o que é certo e o que é errado, ensina que regras precisam ser respeitadas, assim como os valores da família, além de ensinar a criança a controlar suas emoções e frustrações. Dessa forma, os pais poderão estabelecer os limites na educação.

Cabe aos pais, mediante a situações indesejadas como birras ou choros, buscarem o autocontrole para não se enfurecerem também. Quando pais ficam com raiva, tendem a agir com autoritarismo, fazer ameaças ou usar a força física, o que piora muito a situação e faz com que o ‘não’ seja entendido pela criança como punição. O ideal é dizer ‘não’ naturalmente, explicando de forma rápida, clara e coerente o porquê do não e se manter firme, sem demonstrar sentimentos de dó ou raiva. É conveniente dizer ao filho que entende sua frustação, mas jamais recuar para não causar confusão na cabeça da criança.

Jovens ou crianças sem limites, sem receber “não”, pensam que mandam na vida, mandam nos pais, professores, colegas. Se os adultos não derem limites e não negarem alguns caprichos das crianças, elas não aprenderão a lidar com as adversidades que surgirem pelo caminho – e isso se torna um problemão lá no futuro. Em resumo, o seu filho vai se decepcionar, sim, muitas vezes, e isso é bom para ele. Só passando por essas situações e aprendendo a lidar com elas será possível adquirir habilidades importantes para toda a vida, como perseverança, paciência, empatia, flexibilidade e autonomia.

Estabelecer limites, quanto for necessário, pode até atormentar os pais e provocar lágrimas passageiras em crianças ou reclamações em adolescentes e jovens, mas aprender a lidar com frustrações e ter limites na vida é um presente de amor por toda a vida pelo seu próprio filho. Diga não sempre que preciso.

 

Tatyana Melo

Little Brasil Club CEO

Decision Learning Center

321-3156461

Decision Learning Center

 decisionlearning

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